A empresária Patrícia Guimarães Ramos, mãe da adolescente Isabele Ramos, de 14 anos, que foi morta por um disparo feito pela amiga, disse acreditar que o crime tenha sido motivado por ciúmes do namorado.
Isabele morreu no dia 12 de julho com um tiro no rosto, no condomínio Alphaville. O caso aconteceu na residência do empresário Marcelo Cestari, pai da jovem que atirou.
Em entrevista à TV Vila Real, nessa terça-feira (18), a mãe da adolescente disse suspeitar que algo tenha acontecido entre as duas, o que motivou o disparo.

Segundo Patrícia, Isabele já tinha relatado que a amiga vivia um relacionamento problemático, com diversas brigas e ciúmes exagerado.
“O que sei, como mãe, é que naquele dia aconteceu algo entre elas. De repente, um ciúmes, até porque a minha filha sempre me dizia que o namorado e ela tinham uma relação conturbada. Eles brigavam bastante, tinham muito ciúmes entre eles”, afirmou.
A mãe crê que a menor tenha agido por impulso em uma tentativa de resolver o conflito que teria se formado naquele momento.
“Ela estava com uma arma na mão e talvez tivesse querendo, de alguma forma, se vingar ou tentar resolver o problema dela naquele momento. Acho que ela agiu por impulso. Acho que pode ter sido um ciúmes do próprio namorado”, defendeu Patrícia.
para a empresária, a morte de sua filha poderia ter sido evitada se a adolescente não tivesse acesso a armas de fogo e não praticasse tiro esportivo. Segundo ela, o desentendimento poderia ter se resolvido de forma mais tranquila.
“Se essa garota não tivesse acesso a uma arma, se ela não soubesse praticar tiro, ela teria mandado minha filha embora de casa, teria bloqueado a minha filha no Instagram, minha filha teria voltado aquele dia”, disse.
Além disso, o namorado da garota foi apontado como o responsável por levar a arma que tirou a vida de Isabele para a residência onde as duas estavam. O rapaz, que também pratica tiro esportivo, entregou um case com duas armas para o sogro.
Mesmo tendo ido embora depois de deixar as armas, a mãe de Isabele acredita que o jovem saiba o que aconteceu entre as meninas.
“Ele não estava na casa, já tive imagens de que ele realmente não estava ali. Ele sabe o que aconteceu ali naquela noite, não foi só ela. As pessoas todas que estavam ali naquela noite sabem sim o que aconteceu, só não querem dizer”, afirmou Patrícia.
Reconstituição
Marcado para as 18h30, o trabalho começou apenas por volta das 20 horas, na casa em que ocorreu o incidente, no condomínio Alphaville. Os policiais e peritos começaram a chegar ao local por volta das 18h20.
Cerca de 40 pessoas – entre policiais e peritos – participam do procedimento. Além deles, estavam no imóvel os advogados da família da vítima, da garota que atirou e do namorado dela.
Também participaram da simulação os pais da adolescente que atirou contra amiga, os empresários Gaby e Marcelo Cestari e a mãe da adolescente morta.
BIANCA FUJIMORI
DA REDAÇÃO/MidiaNews